Nem eu mesma sei me responder isso.
Me sinto bem escrevendo, assim como o grafiteiro expressa seus sentimentos em sua arte, eu me expresso por meio de palavras.
É como se as palavras que vão fluindo aqui, me acolhesse, me protegesse, tirando de dentro do meu coração tudo aquilo que estava me sufocando. Por mais embaralhada que sejam, são meus sentimentos, minhas opiniões, minha vida.
Escrevo para sonhar, para fingir que o sobrenatural existe. Escrevo para me libertar, e expor tudo aquilo que está intalado na minha garganta, no meu cérebro, e no meu coração.
Escrever é a minha terapia, é o meu encontro com o mundo para comunicar quem eu sou.
Para fugir da vida, e tudo aquilo de ruim que nos oferece, fugir da solidão, da mágoa.
Quando há inspiração não precisa de esforço, automaticamente as palavras vão saindo.
Onde na maioria das vezes um papel pálido, ou o Microsoft World, possam ser mais confiáveis, do que as pessoas.
Isso não é um dom, não é um talento, é a sintonia de viver, e expressar nas palavras, tudo aquilo que eu não consigo expressar desenhando, e muito menos falando.
Não sei dançar, não sei desenhar, nem cozinhar, nem cantar, nem atuar, por isso eu escrevo.
Eu escrevo, porque a cada gesto, cada motivação, inspiração, visualização, me dá mais vontade de escrever.
É como se eu descobrisse a chave da caixinha de palavras, e decidir colocá-las para criar vidas, ou tentar cobrir a angústia.
Mas eu escrevo principalmente, porque amo e porque não sei o que essa palavra quer dizer, onde cada texto feito é uma conclusão diferente.
"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando[...] Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada. Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro... " (Clarice Lispector)
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