22.3.14

XÔ SAUDADE!

Vai embora, você não é bem-vinda aqui!


     Nada nesse mundo, pesa mais do que a saudade. Ela nos sufoca, nos aperta, nos machuca. Cicatrizes do passado, recordações boas ou ruins, mas que de uma forma ou de outra a maldita da saudade, estraga. Cada vez mais.
     Ter cólica, bater o dedinho do pé em algum móvel, um tapa, um soco, uma palavra ofensiva... Dói. Mas nada dói mais do que a saudade.
     Saudades da infância, dos amigos da quarta série, das escolas por onde estudei, dos professores que tive, saudades de um avô/avó que hoje não se está mais presente, de uma cidade que visitou, de um parente que mora distante, dos ‘’namoricos’’ de criança... Ahh que dor insuportável! Isso tudo passa, mas a saudade insiste em ficar.
     E se existe algo que dói mais do que isso, por favor, eu não quero conhecer. De maneira alguma!
     Pequena dose de saudade, de vez em quando faz bem, para vermos o quanto valeu a pena acordar cedo todo dia, cada eu te amo que disse para minha família, para meus amigos, e até mesmo para meu amor platônico, para cada mico que eu passei, cada desilusão, brincadeiras, brigas, magoas, notas vermelhas na escola. Isso com certeza irei levar de uma forma saudável para a vida inteira, só se a saudade maneirar na dose, só. Porque se não isso tudo vai me machucar cada vez mais, e eu vou acabar sentindo saudade até do que eu era, quando não sabia que existia essa tal da saudade, ou até sabia, pois ela maneirava na forma de atingir meu coração, meu sentimento e minha mente.

''Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.'' (Martha Medeiros)




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